sábado, setembro 08, 2007

Olá (cá estamos nós outra vez)

“Olá!Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez

Conheço a tua cara,mas não sei o teu nome
Escrevo já aqui “não-sei-o-quê@ .com”
Eu vou-te reencontrar noutro bar de estação
Ou talvez quando perder mais um avião
O barco vai de saída,tu estás tão bronzeada
É tão bom ver-te assim, ardente
Tão queimada

Eu quero reencontrar-te noutra esquina qualquer
Sem saber o teu nome ou se ainda és mulher
Quero reconhecer-te e beber um café
Dizer-te de onde venho e perguntar-te porquê
Sorrir-te cá do fundo, subir os degraus
Eu quero dar-te um beijo a 50 e tal graus

Eu quero reencontrar-te noutra esquina qualquer
Sem saber o teu nome ou se ainda és mulher
Quero reconhecer-te e beber um café
Dizer-te de onde venho e perguntar-te porquê
Sorrir-te cá do fundo, subir os degraus
Eu quero dar-te um beijo a 50 e tal graus

Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez
Cá estamos nós outra vez”

(Jorge Palma)


Sabes, nunca te disse porque nunca mais te pude dizer, mas…rasguei todas as tuas letras…e por mais que me tente lembrar delas não consigo…quis apagar-te de tal forma…
Hoje digo-te que ainda me lembro do teu sorriso…muito! E o teu olhar vai ficar sempre no meu baú de memórias…igual ao que sempre foi, igual ao que ainda é!
Mas as letras…essas ficaram lá no passado…e delas agora só a saudade.
Este “Olá” de Jorge Palma tem tanto de ti… podia ser teu, não podia?

(Se voltasse atrás não rasgava as letras outra vez…)

8 comentários:

Silvia Madureira disse...

Olá:

Em momentos de angústia (talvez) fazemos coisas das quais nos arrependemos...mas há coisas que nunca podem "sair" de nós nem ser "rasgadas" como determinadas lembranças profundas e que não conseguimos apagar nem com o tempo...e não quero! Porque mesmo ausente a lembrança de ti faz-me sorrir ...aquele breve momento que passei contigo foi inesquecível e nem deste por isso. Foi pena que não tivesses dado a mesma importância que eu dei, mas foi bom na mesma, porque consigo sorrir quando lembro das nossas brincadeiras e fizeste parte da minha vida.

De repente falo de um caso muito específico que me aconteceu! Fizeste com que recordasse momentos com as tuas palavras.

Obrigado

jotaeme disse...

O poder das palavras escritas estão aqui bem definidas...é só saber lêr... nas entrelinhas!
O mundo dos silêncios seria insuportável, sem as palavras escritas e ditas em níveis audíveis ás nossas almas!
Tem um bom dia
jorge madureira

Anónimo disse...

Olá :)
Perdemos vezes sem conta o comboio ... e nada pode voltar atrás ...
Beijito.

Tiago R Cardoso disse...

Jorge Palma, sim senhor, muito bom.

tchi disse...

A vida é cada momento do agora.

Miriam Volpiceli disse...

Perdemos alguns mas sempre ha outro a vir e a vida segue em colcha de retalhos.

Carlos D disse...

Ola
Agradeço a tua visita
gostei de aqui estar
e voltarei

bjs e um sorriso

joão marinheiro disse...

Às vezes acontece rasgar tudo, quando se escrevia em papel, agora apaga-se; delete, já me aconteceu, e fica um vazio...
A propósito este álbum do Jorge é do melhor...
Beijo.