sexta-feira, março 31, 2006















Luz inebriante...que esconde a veracidade crua. Aqui só nós dois...sós no cosmos só nosso...Vejo o perfil do teu corpo...delicado, radioso...exalando calor.
É tão bela esta imagem, tão verdadeira...tu deitado serenamente em meu leito... Depois da loucura, depois de te ter, tendo-me tua, fica o teu corpo...assim escravo do meu olhar.
Nem vez que estás preso a mim...no meu reino de sabores e cheiros, a tabaco, a sexo, a prazer...
Nem vez que te consumo mais um pouco todos os dias...
Caíste a meus pés...

quinta-feira, março 30, 2006















No deleite do teu rosto
Saboreio o aroma doce
Que vem de tua boca
E fica uma sede de tocar teus lábios
Aquele arrepio de prazer...
O sentir que te derretes em meu aproximar,
Minha boca...
E procuro o fogo de tua língua
Mordiscas-me o lábio
Adoras o meu beijo...
Adoras ficar preso nele...
E eu adoro que adores.
Sugo-te, sufoco-te de prazer...

sexta-feira, março 24, 2006














Não se vê nada
Apenas um interminável campo
Coberto de verdura...
E não se vê mais nada.
Deitada neste vazio
Sinto o vento
Esfriar minha alma
O tempo continua a passar
Começa a enegrecer...
(sinto medo...estou tão só)
Mas não arredo pé!
Fecho os olhos de fraqueza
Anestesio assim...
Com o frio, com o medo, e com a solidão.
Quando algo me estimula!
O calor...o teu calor

Abro os olhos de felicidade
Tu de braço estendido dizes
Queres a minha mão?
E agarras-me sem ouvires a resposta
Porque estava clara no meu olhar
E ali...naquele nada
Abençoados pela lua
(madrinha dos amantes)
Levas-me ao auge do deleite.
(valeu a pena acreditar...)



Dedico este poema aos que já duvidavam se eu teria algo de feliz dentro de mim! Porque a vida tem momentos difíceis e tristes...mas vale a pena, pelos momentos fugazes de felicidade.

quarta-feira, março 22, 2006

Não consigo




















Tento a todo o custo
Seguir o teu rasto na areia,
Mas já vais tão longe.

Acelero o meu passo
Na pressa de te alcançar
- Não vás tão rápido...
Tento correr,
Mas sem forças tropeço.
Grito por ti

(não me ouves?)
Estico o braço na esperança
Que voltes atrás para me ajudar...
Continuaste e eu caída.
Completamente prostrada
Coloco-me de pé novamente,
Quando uma onda desvairada
Lava teus passos na areia efémera.
-Não!!
Tombo desolada no chão mais uma vez...
Meu corpo morto de cansaço, de dor...
Completamente inundado daquela mistura salgada...
As lágrimas não se vêem mas estão lá.
Como chegar a ti?
Eu não consigo chegar a ti...

segunda-feira, março 20, 2006

Pretérito















Acreditei nas tuas palavras, que me trouxe o vento de primavera. Vinham suaves, doces e mornas pelo Sol alto...iluminadas e cheias de vida.
Acreditei no sonho, na esperança da flor murcha que não morre, na chuva que toca o vidro de mansinho.
Acreditei na vida, no teu sorriso, na tua certeza e na tua vontade...
Tento acreditar no futuro...
Tento acreditar que estou errada...

(numa discussão a dois, há sempre alguma coisa que parte...dois sorrisos, dois corações...e um telemóvel!)

sábado, março 18, 2006

Vinte e quatro...















Hoje a noite levou-me a um lugar desconhecido...Levou-me até à solidão e obrigou-me a entrar de uma forma...completamente lerda...fez-me ver o quanto burra sou diante de seres abstinentes...que simplesmente deixam passar o dia.Eu quero ser feliz!Quero sorrir ao acordar...Quero acreditar que todo este tempo valeu a pena e que continua a valer...Quero acreditar que existe mais para desvendar...Mas...é duvidoso, demasiado duvidoso...

(e fica apenas a visão de uma simples rosa azul...)

quinta-feira, março 16, 2006

Saudade




















Saudade do teu olhar de desejo...
Do teu fogo
De tudo em ti a arder
A crescer ao meu desnudar...
O meu cheiro, o teu...
O meu ou o teu?(cocktail explosivo!)


...sem resposta

terça-feira, março 14, 2006

Demente




















Vêem-se sombras no teu rosto
De cores de vida adormecida
Com sons duros de pedras
E sabor amargo...o teu suor
Sinto-o cair em mim
Em meu corpo esperançado
Escorre...escorres
Percorre...percorres
Em todos os meus sentidos,
E entrelaça-se em medo
No meu medo
Na minha vida que já não é!
No meu mundo que foi.
Serei corpo apenas
E o que procuras já lá não está
Subiu na luz, enfrentou demónios
E fez-se mulher!
Aquela que amo
Que amaste e deixaste morrer...
Não morreu
Está no teu respirar...
No teu sentir...
No teu estar...
Na tua mente...
Só nunca mais estará contigo.

segunda-feira, março 13, 2006

Sabor da Manhã




















Manhã pouco sóbria
De noite mal dormida
Saboreio agora
O fruto colhido
E sabe a quase nada...
Por pouco cultivado
Amadurecido à força
Com a pressa
De ser devorado
E sabe a quase nada...

quinta-feira, março 09, 2006

Frio



Os meus dias são despidos de vontades, de sonhos, de cores felizes…preenchidos por horas vazias de minutos gastos em nada…numa contagem decrescente de segundo em segundo…A cada um deles sinto o ar poluído de ódio…ora entra, ora sai…num tom calmo por já não haver força para mais. É frio…o ódio polui o ar de frio…imensamente frio.