terça-feira, abril 25, 2006



Em cada lágrima escorrida
Sinto o cheiro a mar
A vida não vivida
Perdida em pouco amar...
Caída na rocha fria
A tua, a minha dor
Acenou a mão que partia
Dizendo adeus ao amor...
E aqui neste momento
Continuo a sentir o desejo
Quebra o meu pensamento
Não quero ver o que vejo...

sexta-feira, abril 21, 2006

MEMÓRIAS DE ANJO



MEMÓRIAS DE ANJO
**Nin@**

Alada, quis pisar a estrada,
Sentir de novo como seria nos teus braços tornar-me a tua amada.
À Luz mãe pedi.
Breve tempo? Acedi... tudo por ti, só por ti...
O portal do tempo abri e, minha chama afim, como te senti...
No verso à lua, na dança junto ao mar, na minha alma nua.
Na estrela tatuada no meu peito, sinal de que sou só tua.

Ainda de Luz azul iluminada,
Sentei-me, parei a rota traçada, sedenta de ti amor...
Mas bebi apenas a tua ausência, que me anulou da aura a cor.
Aura de mulher que a ser anjo renunciou, te sonhou, inventou, desejou...procurou...
Tanto... que te encontrou...
Minha paz, minha espada, minha força, minha batalha, minha lei...
Meu tudo, meu nada, meu servo, meu rei, meu amo, meu senhor...meu amor.
E de cabelos de mar traçando rotas impensadas... por ti orei... chamei... Às fases lunares perguntei.
A maresia questionei... nos olhos da noite te procurei.
No meu corpo, dormente, de ti carente, tantas vezes te abracei.

A resposta veio no vento... mensageiro do meu desalento...
De mim não desistias, o meu olhar reconhecias...
Porém as minhas manhãs continuariam desérticas e frias.
Era a outra que delícias murmurarias.
Era noutro ventre que viajarias...
Era sobre outros seios que adormecerias.
Os olhos fechei, amada... porém só, na caminhada.
Não... não escondo o sal da minha dor.
Sabes...
Anjo também ama, também cai e também chora por amor...
(...)
©Nin@
Deliciem-se com este fantástico poema que me foi oferecido pela Nina.Palavras que muito me dizem...

quarta-feira, abril 19, 2006

Música











...Cantas a tua soante música...
Aquela que me faz tremer a alma, elevando-me o espírito...
...
Mas apenas oiço a música...
Habilidade inabilitada de decifrar a tua letra.
Estarás a falar comigo? Não te compreendo...

E vêm-se ao longe as paixões em tua mansão...elas parecem conhecer-te, parecem saber o que cantas na tua música...e bailam nela contigo...
Consigo ver a satisfação
Perto das paixões...longe de mim...

domingo, abril 09, 2006












Tenho tanto para te contar
Dos dias não vividos
Passados na expectativa do nada
Pendentes em ponteiros
Que rodam infinitamente
Queimados...
Pelos olhos que os cavam


Já não vou esperar...




Vou de férias,até breve

quinta-feira, abril 06, 2006

Medo da Verdade

O canto dele no ouvido
Gemido de vento roubado
Algures no presente passado
Asa quebrada...
Derrubada de medo da verdade
Escondida no falso do sorriso.
Perdi a noção de te ter
Mas vi dentro de ti
O quente da saudade.



Quero agradecer a todos os que me deixaram os comentários tão carinhosos na postagem anterior. Aquele texto é realmente um pedaço de mim, muito verídico. Aquela amizade existiu mesmo e foi muito pura, de ambas as partes. Simplesmente a vida nos separou...e agora, mesmo que quiséssemos fazer renascer essa amizade, já não daria...porque já não se sabe o que dizer...passaram muitos anos e as nossas diferenças acentuaram-se mais ainda. No entanto esta pessoa vai ficar sempre no meu coração.


quarta-feira, abril 05, 2006

Porque tenho saudades do teu sorriso











Não julgues ninguém no primeiro contacto...(o nossa primeira aproximação não foi propriamente muito agradável)
Foi esta a lição que aprendi em construir uma amizade, que me parecia eterna, e o foi...enquanto existiu...

Não éramos dependentes uma da outra, mas estávamos sempre juntas. (e pensar que antes disso achava que nunca falaríamos mais do que o essencial...ficava irritada só de te ouvir!)
Como terá sido possível, duas pessoas tão desiguais criarem uma amizade tão genuína?


As primeiras paixões... os amores platónicos... as obstinações com os pais...o pânico de crescer...as descobertas diárias...Todas partilhadas contigo durante aqueles anos.

Mas a nossa diferença mantinha-se...continuava lá, e levou-nos para caminhos opostos... de tal forma que esquecemos todos os sonhos, contados em voz alta, no meio das gargalhadas e sorrisos...ia-mos viver juntas, lembras-te?

E o tempo passou...
De súbito um vento frio vindo de ti me chamou...

Nunca poderei esquecer o teu abraço desarmado, de quem se quer ir (também querias ir para lá)...não vou esquecer as tuas lágrimas no meu ombro...o nó na garganta...na tua e na minha.

Mas tudo passa e tal como te disse, ficou tudo bem! Também isso passou....
E lá fomos nós, cada uma para o seu mundo novamente.

Quando te voltei a ver...igual a ti mesma, ali na minha frente, senti um vazio. Já não sabia o que dizer...já não havia nada para dizer... tentaste, lutaste por isso...recordaste-me de momentos felizes (o desenho que guardas). Consegui sorrir por instantes e também eu relembrei que em tempos foste a pessoa em quem mais confiei...a melhor amiga.Mas agora...já não há nada para dizer...ainda voltaste atrás...eu já lá não estava...
Adoro-te

terça-feira, abril 04, 2006

Regresso ao passado


















foto : OLHARES.com

Há momentos em que à noite estou sozinha no meu quarto e sinto-me mal...sinto uma angústia tão forte...dói muito! Talvez um dia eu consiga perceber porquê?

...

Apetece-me chorar...não consigo, porquê? Talvez assim esta dor passasse. Afinal que quero eu?! Não sei...não sei mesmo. Já tenho saudades do Sol...muitas saudades...está cada vez mais frio...

9 de Setembro de 2001





A solidão da noite dá-me frio, e tremo...
Começo a sentir o meu corpo gelar, iniciando pelos membros atingindo o coração...é pedra gelada, dura e quebradiça com facilidade...

...

Para ti...por ti...de ti...
Estou aqui!!!
E choro e morro aos poucos
Porque a dor me sangra...
Não te sintas culpado
Apesar de a culpa ser unicamente tua...
Tenta entender...
Olho a lua
Estás a ver?!
Não te assustes
Apesar de morrer
Vou ser eternamente tua...


Loucura

19 de Setembro de 2001



Esta é a prova que o meu estado de espírito à muito se mantêm na monotonia...sinto-me presa...
(mas tenho saudades de ter 19 anos)

segunda-feira, abril 03, 2006

...



















foto de Luis Pinto [egur]



Deslumbramento de estrelas de cristal...
Em bruto me deixo ficar...no teu ir...no meu esperar.
Caminho no caminho da fuga, do medo de partir, enquanto permaneces estático na certeza do ir...
Para o canto dos sonhos bons...foge de mim ou a morte te comerá.
Não caminhes a meu lado, porque o caminho é estreito! Se fores na frente posso não te seguir, se fores atrás posso fugir!

E não digas as palavras envenenadas...já não acredito em palavras...
Agarra minha mão, sente o cravar das minhas unhas...isto é real!!
Pega meu corpo com a força bruta de um vendaval...apodera-te dele como um vírus mortal...magnetiza-o como a serpente faz com a presa...
Mas palavras não...já não quero palavras...
E não caminhes a meu lado.